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Educação Escolar 

EDUCAÇÃO NO/PELO AMOR, REALIZANDO-SE NA/PELA LINGUAGEM...

PROJETO PQP (Pessoa Que é Pessoa)

 

Se a vida se tece na/pela linguagem, se é por meio das práticas discursivas que se tramam as situações, as ocasiões, as identidades, as realidades... Então, é preciso saber e poder entender o funcionamento da linguagem/discurso, seus efeitos de sentido, dominá-la, educá-la às nossas intenções e acentos.

Platão, no diálogo Fedro, temos as reflexões sobre o Amor, a Escrita e o Belo. O Amor é tomado como o movimento que nos permite, desde a visão da beleza sensível, ir ao encontro do Belo, origem e princípio da humanidade do homem. Na relação do Belo e da Escrita pode-se compreender/apreender o Amor, e é nesse lugar que existe a possibilidade de recondução do homem à sua humanidade. Platão toma a linguagem/discurso (logos) oral e escrito como pharmakon (veneno e/ou remédio; bem e/ou mal), depende de como utilizamos nosso discurso os efeitos serão para o bem ou para o mal.

A partir das reflexões de Platão e tomando a linguagem/discurso como saber e poder, como instrumento da construção de uma realidade boa ou má. Somando-se a isso a compreensão de que a literatura tem várias funções tais como afirma Eco (2003, p.10-11) manter a língua como patrimônio coletivo, contribuir para a  constante variação e reformulação linguística, a literatura também ajuda a criar identidade e comunidade. Desta feita, a linguagem literária pode nos educar para liberdade ou para a criatividade.

Sob estas bases realizamos um trabalho de Educação Linguística e Educação Sexual formal, no Colégio Técnico Industrial “Isaac Portal Roldán” da FEB-UNESP do campus de Bauru, desenvolvido no ano de 2016 com alunos do segundo ano do Ensino Médio/Técnico o Projeto PQP (Pessoa que é Pessoa), o qual valeu-se da literatura de Luís Fernando Veríssimo, especificamente da crônica Homem que é Homem, em que o autor ironiza o estereótipo do machão e suas atitudes, comportamentos, desnudando homem preconceituoso.

A partir da leitura, análise, interpretação e atualização temática da crônica, os alunos desenvolveram em sala de aula um produto para trabalharmos com a Educação Linguística e mostrarmos às pessoas que tudo começa pela forma como utilizamos a palavra: se pelo bem ou pelo mal. Brincamos com a expressão PqP, que para o mal constitui-se numa expressão chula, de baixo calão e que gera agressividade e conflitos ao ser proferida.

O discurso lúdico do PQP e o uso do pharmakon como remédio muniu os alunos para a confecção de um vídeo para a conscientização, o respeito à diversidade, para o não preconceito.

Educar pelo/no AMOR; na/pela LINGUAGEM do bem... resgatando a humanidade e dignidade do homem que é homem, ou melhor dizendo, da pessoa que é pessoa.

 

Confira o vídeo produzido pelos alunos!

 

Profª Drª Maria Regina Momesso

Coordenadora do GESTELD

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